quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Esclarecimentos: Exposição: Paisagens Artificiais - CENA 2


Olá a todos!

Antes de mais nada,gostaria de fazer alguns esclarecimentos sobre a minha exposição no CENA 2.
Primeiramente,não me foi de todo agradável por dois motivos:

a) os biombos cedidos não estavam em condições regulares para a exposição,pois tinham evidentes - e muitas! - marcas de usos antigos de fitas adesivas.Tais marcas eram espalhadas por todo o espaço,o que não me agradou muito,posto que minha intenção com as fotografias era de provocar certa "imersão" na temática;

b)Isso posto,tive que me virar com alguns papéis gentilmente cedidos pela gráfica da UFU,cujos tamanhos não correspondiam,infelizmente,ao tamanho do espaço dos biombos.Assim,juntamente à monitora Lorraine,"encapamos" todos eles,com recortes de cartolina cedidos pelo PET - Letras. 

Mesmo assim, obrigado à comissão (principalmente à Marisa) pelo espaço para realizar essa exposição no evento, ainda que eu não tenha me agradado com o resultado final.

Gostaria também de divulgar que todas as fotos da exposição - as quais se encontram em meu Blog - estão à venda. Caso haja o interesse,favor entrar em contato comigo por e-mail.

anesio.azevedo@gmail.com
Att.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Exposição: Paisagens Artificiais - CENA 2

Olá a Todos!!!

Dias 4 e 5/11,no Bloco 3Q da Universidade Federal de Uberlândia,haverá minha exposição "Paisagens Artificiais", que ocorrerá a manhã e à tarde. Eis o guia do evento - Colóquio de Estudos da Narrativa 2: http://www.gpea.ileel.ufu.br/cena/index.php?menu=programacao

Espero que todos possam comparecer!

Att;


Anésio Neto
&
Alcibíades Nihil

Homenagem às rendeiras

Rendeira da Fortaleza São José da Ponta Grossa, em Florianópolis - SC. Fotografia tirada em 31/10/2009.Recursos: Picasa

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Torres I e II

Fotografia tirada em baixo de uma torre de alta tensão em Ituiutaba - MG. Software de tratamento de imagem: Picasa.
O objeto que tenho em mente são torres de transmissão,pq eu bem já tenho certa inclinação a achar toda aquela estrutura muito bonita.Meu pai é engenheiro eletricista,meu irmão está fazendo o curso.Dai,basta imaginar.Mas nem só por isso,a estrutura delas me permitem criar algo a partir dessas formas "entrelaçadas".









Fotografias dedicadas aos meus pais.

sábado, 21 de agosto de 2010

Olá a todos!
Após um longo tempo sem nada a postar,eis uma foto.No intuito de relembrar o céu denso,que só vemos no final do ano - pois chegam as chuvas e o verão. O tempo seco é foda:acaba com o nariz.Parece que você tomou um soco no nariz a noite toda. Eis uma foto:

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Desabafos!

22 anos.Quase 23.A contagem é simples:nascido em 1987,quantos anos terei em 2010?23.A idade Mágica.
Há algum tempo venho refletindo sobre algumas coisas.Memórias.Aqueles souvenirs do passado,quer palavra mais interessante pra representar algo que já se foi?A memória é algo interessante,de fato.Nela buscamos forças.E até mesmo possibilidades que não se consagraram.

Me lembro de uma época de ouro de minha vida - 1998/2002.Por quê?Nela descobri como diluir minha vida no bom e velho rock'n'roll.
E mais: as ruas.Começara a andar pelos centros de Ituiutaba com meus irmãos.Neste período as andanças ainda eram feitas em bandos de garotos e garotas.Amedontrador lembrar de que algum dia fui arrebanhado!Mas as ruas,sim, tinham algo que atraíam.E não eram simplesmente a rebeldia do bando,que aos poucos foi indo, dando seus evidentes sinais de senilidade.Mas naquela época eu via algo mais:Histórias em quadrinhos.Discos de Seattle,Nirvana,Pearl Jam.Conversas regradas a muito refrigerante.Frustrações de férias.Amores sequer mal resolvidos,que se perdiam na fragilidade da véspera.

Mas,o que mais me faz retornar são essas bandas, que ficaram sendo minha trilha sonora enquanto eu imaginava minha vida dali há alguns anos."Cabelo grande,pintado de vermelho e estudando à noite!"Mas por que cargas d'água eu sempre via meu futuro com os trejeitos de quem sonha acordado?Por quê sempre o futuro era permeado pelo próprio modo como eu queria viver?Daí,até não ter encontrado palavras para dizer tudo aquilo,eu vivia uma Utopia.
O significado só fui aprender muito recentemente - afinal de contas,o que era sonhar naquele tempo?Acho que é sinceramente a mesma coisa que hoje.O detalhe,a série,é que não ando lá crendo que será mais possível fazê-lo sem ter nas costas coisas como TCC,crédito consignado BB Universitário,aluguel,plano controle pra telefone,mesada semanal.Vá-la:ainda me dou os devidos floreios de acreditar em Utopias!
Se ouso um pouco mais? Sim:o cheiro do ano de 1999 tenho em fragmentos pela minha mente.Algo doce,de princípio.Misturado,em alguns momentos,no fim da tarde,àquele cheiro de mato verde cortado.A pressa não me deixa mais palavras.Já estávamos em idos de fevereiro.E isso denunciava:início da 5ª série.O que esperar do ano,neste ano?O melhor da minha vida?
Sim,sempre!


Ao som de Pearl Jam - Black

terça-feira, 18 de maio de 2010

Relembrando um fato curioso

Olá a todos!
Mais um ano do Concurso de Fotografias da FTM!
Que tal aquele antigo texto do Alcibíades para relembrarmos o "fiasco" que foi o concurso no ano passado?

Boa leitura!

Um fato curioso


Um fato curioso, como muitos em meu dia-a-dia, chamou minha atenção tempos atrás. Em seu segundo ano, o 2º Concurso de Fotografia da Faculdade do Triângulo Mineiro, a FTM, obteve uma fotografia vencedora. Com o tema “História da Nossa Terra”, o intuito, bastante significativo por sinal, era de que os participantes lançassem um olhar mais histórico sobre a nossa Ituiutaba. Ponto positivo, haja vista que a intervenção dos participantes em sua terra natal nos mostrou uma cidade cujos maiores locais de destaque passam despercebidos pelos olhares que se dividem entre os carros que cruzam afoitos o trânsito, e o relógio que coordena, com disciplina militar, o andado por entre as ruas principais da cidade.
Com o total de 27 fotos inscritas (pequena quantidade para uma cidade a qual possui alguns milhares de habitantes) o concurso teve como foto ganhadora uma duvidosa fotografia... Quem teve a oportunidade em vê-la, logo percebe uma coisa: a casa representada é aquele casarão que todo mundo nota ao passar pelo cruzamento da 26 com a av. 15:




De fato, a casa evidencia os tempos idos, seja por sua arquitetura, seja pelas histórias que ouvimos quando pequenos daquele mesmo lugar. Isso é o sinal de que a história anda de mãos dadas com nossas vidas, só que não a notamos tão evidente. Para que essa [a história] se torne evidente principalmente em uma fotografia acredito que não basta o amarelado do papel, ou muito menos captar uma edificação antiga: antes de tudo é preciso o olhar.
Ao dizer isso, não quero parecer um velho rabugento que só reclama da vida– ao contrário, quero olhares que me dêem coisas novas ao que pensar! Nada mais coerente, não é mesmo? Além do mais, pensar é a melhor forma de prevenir o Alzheimer, sabiam? E, na minha rabugice de velho, creio que aquela não era a melhor foto para me pôr diante do meu passado vivido em Ituiutaba, muito menos uma fonte para me prevenir do Alzheimer... Conquanto que fosse melhor fotometrada (observada a condição da luz no momento em que se tirou a foto) e tido um enquadramento mais digno (resultado de horas pensando em qual melhor meio para tirar a foto), eu poderia achá-la interessante...
Mais um devaneio – a fotografia, sobretudo hoje, não é apenas fazer “clique!” no disparador. Não é, da mesma forma, puramente um registro histórico de uma determinada época. Basta olhar para as fotografias de Sebastião Salgado, Steve Mccurry, Cartier-Bresson, Eugene Smith, Araquém Alcântara etc. que logo percebemos a realidade da própria foto, ou seja, elas possuem algo que nos atrai, que nos chama a atenção e sensibiliza. E isso não está naquilo que ela representa, mas está no modo como lançamos os nossos olhares para o objeto de nossa atenção – o mundo! Essa é a condição que coloca em contato todos os homens ao olharem uma fotografia com a de Steve Mccurry de uma refugiada afegã tirada em 1985:





A foto, de autoria Steve McCurry, foi feita com um Kodachrome



Mas é óbvio: minha crítica não deve ser entendida contra a pessoa do fotográfo, longe disso. Ou melhor, deve-se voltar para a banca examinadora. Pressuponho que essa [a banca] tenha sido composta no mínimo por especialistas no que estão julgando: quem melhor do que um médico para julgar os erros ou acertos de um colega de profissão?
Deixando a rabugice de lado, gostaria de fazer valer alguma fotografia que passou despercebida:



Sinceramente, essa me deixou (e a todos que mostrei) sem palavras... A imagem parece falar mais do que mil julgamentos. Por ser um apaixonado por retratos, gostei muito da fotografia com o título: “Pedrão, um memorial ituiutabano”. E teve algumas mais que, em minha opinião, devessem ser mais bem analisadas sem o peso de estamparem o GuiaSei. No entanto, como o concurso já passou, essas minhas palavras passarão sem o menor alvoroço, como a uma folha que se deixa levar pela brisa da manhã. O que espero, pois, é que a fotografia seja levada mais a sério. Não como um simples meio de representar ‘velhos’ patrimônios públicos esquecidos, mas que faça mais que isso: que nos leve a repensar a trivialidade de nosso de dia-a-dia (e, consequentemente, a prevenir o Alzheimer!).

Sem mais delongas,

Alcibíades Nihil.

e-mail do Autor: alcibiades.nihil@gmail.com

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meu mundo obstáculo I



A fotografia abstrata - ou aquela que prescinde de um real, selecionando seus aspectos pertinentes sem imitá-lo "fielmente" - me interessa.Muito mesmo.Ao menos me parece que nesse tipo de fotografia não é necessário um referente fixo - rígido.Vou me explicar:não há a necessidade de um nome que identifique aquilo que é representado, ali na fotografia.E isso representa muito o que sou,uma vez que não tenho facilidade em referir-me ao mundo.Muitas das vezes ele se apresenta como um obstáculo à comunicação,uma vez que: o que é a linguagem senão a capacidade de se referir a um mundo pronto e acabado?
É contra essa arbitrariedade que esse "ensaio" se destina.Sem mais palavras,eis a imagem,ai,logo acima.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Lycanthropy 2010

Olá a todos!Posto aqui algumas das últimas fotos tiradas da banda Lycanthropy para seu novo EP,que está sendo gravado no Edilson's Studio,em Ituiutaba.As fotos foram tiradas em um dos meu locais prediletos,a antiga fábrica de óleo da Fazendeira,naquela mesma cidade.
As fotos foram feitas enquanto a banda estava com os 4 integrantes.No entanto,dias após a realização das mesmas,fiquei sabendo que o batera,Sidney,havia deixado a banda devido a incompatibilidade de interesses.
Agora,espero que a banda continue o percurso que há algum tempo vem trilhando.Coisa difícil,uma vez que não é fácil produzir música de qualidade em um país como o nosso.Pois, estando à margem do grande lixo produzido pela mídia,o espaço no qual buscam construir uma identidade é bem pequeno,não obstante,o que não deixa de ser promissor.Esses garotos colocam todo sangue e suor em sua música.Sou fã assumido da banda e espero que continuem nos deixando atordoado com suas músicas bem feitas,vivas e destruidoras!

Forte abraço






domingo, 7 de março de 2010

Da importância e 'desvantagem' da escrita

Normalmente não consigo manter uma idéia na cabeça, me desconfortam. Acredito que é por isso que escrevo. Bom, ao menos tento. E de tanto tentar, coloquei na berlinda o que faço – há algum tempo venho refletindo acerca da importância da escrita. Os antigos diziam que a escrita é a ausência daquele que emana o discurso, e por isso deve ser desconfiante. Pode ser que eles estavam certos, mas de uma coisa bem sei que eles não falavam sério: ao menos eles já se foram, e isso torna as coisas mais livres – podemos falar à vontade! Frederico e seu ‘eu’ foi-nos influenciável, e a escrita virou uma experiência cosmopolita. Bem feito...

Sem mais delongas,

Alcibíades Nihil

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fotó-férias II



Foto-férias

Algumas imagens valem mais do que 1000 férias à beira de um ataque de nervos!
Tempo bom,no entanto cheio de tribulações.Só que consegui criar,e muito...Espero que gostem do resultado.










quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Resenha crítica - Raul Maciel

Resenha escrita pelo amigo Raul Maciel para a última foto aqui postada.
Agradeço muitíssimo pelos comentários competentes e sinceros.


"Quem quiser dar uma olhada nessa Foto tirada pelo Anésio, amigo que estuda Filosofia na UFU e há algum tempo pratica fotografia tendo tirado fotos cada vez mais interessantes.

O galpão tem um clima denso… os feixes, tijolos e toda a estrutura contribuem muito, mas que beleza de ambiente! Acho que existe algo nele que está para além de seus elementos isolados… e coisas óbvias como os feixes de luz. Acho que esse lugar deve ter uma alma, algo assim… É, aco que tem. Dá pra viajar um tempo nesse lugar imaginário.

Pessoalmente, gostei muito do uso dos tons escuros e dos pretos puros à esquerda do quadro. Pode ter a ver com alguma deficiência da amplitude de captação de luz da câmera ou uma opção mesmo do fotógrafo, não sei… mas gosto bastante do efeito.

O momento da luz e a fotometria também parecem ter contribuído bastante para a constituição do volume dos elementos na foto. Acho que há uma consciência na construção do quadro, suas linhas e vetores. A opção pela grande-angular também caiu bem para tudo isso.

Ainda assim, poderia fazer um comentário crítico sobre a escolha da altura da câmera. Posso estar enganado, mas imagino que, se tivesse feito a foto de uma altura mais baixa poderia ter aproveitado melhor a perspectiva do piso, da fileira de tijolos assim como desses feixes de madeira à direita.

Divagando, esse é um ponto que pesa também nas escolhas que devem ser feitas no momento de se montar o set-up ao fazer Cinema. Muitas vezes um pequeno deslocamento da altura da câmera pode acentuar a noção de perspectiva ou contribuir para o achatamento da profundidade. Não existe certo ou errado nesse caso… então, fica apenas uma idéia aí para essa foto… uma possibilidade. Mas em síntese, minha crítica recairia mais sobre a opção no momento de se fechar o quadro.

A altura da câmera é uma coisa com a qual me preocupo tanto quando faço algo quanto quando observo. Acredito que vai muito além de ser plongée ou contra… É uma questão de centímetros, senão milímetros… Ainda assim, para muitas pessoas é uma opção que pode ser apenas intuitiva… mas que para mim não é algo tão natural… ou seja, não consigo obter os efeitos que desejo deixando a intuição sozinha decidir a altura da câmera.

Então preciso realmente estudar e tomar uma opção pensada em relação a isso… e, como disse, é um ponto sutil, que pode ser relegado a um segundo plano no momento de se fechar um set-up, mas que, na minha opinião, pode trazer diferenças enormes nos efeitos e sensações obtidos. Bem, por isso interesse e a preocupação com a altura da câmera. Quem sabe, estudando e analisando muito, um dia possa trabalhar com isso de forma intuitiva e encontrar novos efeitos, uma outra sensibilidade.

Créditos da foto: Anésio Neto - http://estranhapoiesis.blogspot.com/

Tagged: foto anésio

Posted on February 17, 2010"

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sobre o 'eu'!

Faço questão de colocar aqui um breve perfil sobre mim:

Iniciei cedo minha vida na leitura,fato esse que contribuiu para o desenvolvimento precoce da escrita.Até hoje tento produzir algo decente,prescindindo da vivência e transformando-a em um pouco de existência metafórica para aqueles que gostam de histórias.
Onde cresci
Ituiutaba
Lugares onde morei
Capinópolis,Cachoeira Dourada,Uberlândia,Belo Horizonte
Empresas onde trabalhei
Comarca de Ituiutaba
Escolas onde estudei
Marden; João Pinheiro
Fonte:http://www.google.com/profiles/alcibiadesnihil69

e-mail: alcibiades.nihil@gmail.com

Sem mais delongas,

Alcibiades Nihil

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A importância em contar História

Ao estimado amigo Dimas Franco



A importância em contar estórias não está em simplesmente ouvir o passado, agüentar os mais velhos, ou os mais “experientes” como assim NÓS, os mais vividos, preferimos. Acredito haver uma razão mais forte, mais impactante para isso. E uma delas, a qual tem me surgido esguia é a questão da identidade pessoal. Eu explico melhor.
- Antiga fábrica do Grupo Fazendeira em Ituiutaba, atualmente desativada. A foto ilustra de modo saudosista a pergunta: "o que foi antes de nós?" - Foto de Anésio Neto

Ainda que eu seja um velho rabugento e ranzinza – acredito que para qualquer criatura com menos de 30 anos –, tenho amigos. Alguns até mais velhos (pois busco manter a dignidade ao ouvir conselhos e estórias dessa gente destemida e perturbada para com os tempos idos; se bem que tenho que assumir que nem todas tenham congruência com a minha realidade!). E uns desses aí têm me perguntado por que não tenho dado tanto as caras pelas ruas. É fácil: as ruas não mais emanam aquele espírito de novidade que antes tinham, é claro a “novidade” se sobrepõe cada dia mais ao sufocado basalto das ruas. Mas que ‘novidade’? Essa desenfreada busca pelo novo frente à sociedade que nos deixa atordoadamente entediados. Vertigem de velho... Calma!

- Uma das coisas que não são "novidades" na cidade de Ituiutaba e que apenas precisa de olhares atenciosos, o crepúsculo - foto de Rogério Costa

Caro leitor, peço-lhe licença agora e o convido para entrar na espessa nuvem da História, o que eu deveria ter feito antes de ter apresentado isso tudo... Por meio da experiência social que vamos obtendo ao longo de nossas vidas, as memórias se consagram como fragmentos de existência que projetam o que somos no presente. Revoltas em poeira e sangue aos poucos vamos as apagando, ou apenas deixando de lado. Se bem que o Alzheimer tem sua cota na fatura também... Imagine o sofrimento de uma pessoa que não consegue reconhecer um rosto, um outro, seu semelhante? Sabe-se lá se é um semelhante! Se é assim com uma pessoa imagine com algum acontecimento que deixou sua devida marca? Acredito que a consciência que ela terá de seu passado é de um mero lampejo enfraquecido de vida. A ausência de uma identidade.


Bom, usando o típico exemplo do idoso que sofre com o Alzheimer, que em outro texto já bem dei o remédio para a sua devida prevenção, acredito que podemos trasnpô-lo para a vida normal, essa sem a ameaça de qualquer doença que faça nossa identidade ser mero fragmento. Uma pessoa que não conta estória ou é incapaz de reconhecer alguma não reconhece a sua própria história. Se bem que eu desconheço alguém que não tenha algum fato sequer a ser narrado. Não existe otário a ponto de não saber contar um fato! Mas existem otários suficientes que não sabem sequer a origem de seus pais ou nome. Assim como não sabem que a origem do nome “Ituiutaba” provém de antigas lendas Caiapós, as quais derivam de outras lendas mundo afora, sobretudo as de origens Guaranis, Nambiquaras e até mesmo Cherokees. E por ai vai... O verdadeiro é o que fazemos de nossos feitos. O que vale é o que vivemos, o que experenciamos.
Leitor, jovem leitor, aí vai uma dica pertinente: a importância em contar estória não está em simplesmente deixar que um velho rabugento, sim, eu mesmo, dite o que você deve fazer quando o ‘chato’ de seu avô começa a te contar estórias que só aconteceram na cabeça dele; mas está em deixar-se afetar por uma parcela de existência que em algum momento, nesse ato de narrar, encontra a nossa. São experiências compartilhadas, e que juntas pelo ato modelam esse intricado tecido que é a História dos feitos humanos.


Sem mais delongas


Alcibíades Nihil