"É porque já vivi muito que agora posso apreciar tanto todas as coisas.Não acha?"
HEMINGWAY,in: O sol também se levanta
Invinha eu, ontem à tarde,andando rumo à minha casa.Tive um dia ruim,muito ruim mesmo e,até então,não havia sido atormentado por ninguém.Quando mais que de repente,ouvi uma voz gritar do outro lado da rua.Parei,olhei:um amigo.Ele vinha aflito para me encontrar.Cara chato.Pude perceber que ele queria mais é conversar.Falava de algo relacionado ao seu relacionamento com uma moça.Não me lembrava sequer quem era.Até que,de tanto puxar em minha mente,me veio a expressão simpática dela.Moça bonita, e simpática também.Ahh...Lembro-me de que não entendia o porque dela estar com ele!É engraçado como lembramos das pessoas:ou lembramos de algo que nos chama a atenção nela,ou de algo que odiamos com todo furor.
Quando eu pensava que ele iria acabar a conversa,ele puxava mais algum assunto.E sempre assim:"ah...você lembra disso?o que vocÊ achava sobre isso?" ou coisa do tipo:"o que cê pensa sobre sua vida?"
Porra: o maior impropério que alguém pode lançar para uma pessoa.Afinal de contas,o que aquilo irá contar de melhor para aquele que pergunta?Sei que ser sábio é saber a forma correta de fazer alguma pergunta.E,até onde eu tinha por decente,essa era a pior forma de ser irritante.Fazer esse tipo de indagação(ou qualquer tipo:de fato,as pessoas nunca me perguntam coisas interessantes!)é assassinar algo que é seu e que não precisa,necessariamente,vir à tona.Sou meio pudico com essas coisas...Sei lá se essa palavra é a certa!Pro inferno com essa pergunta!
Na hora busquei ter calma.Pensei: "calma,é o fígado!",pois eu já vinha demonstrado certa hostilidade para com qualquer tipo de vida que buscasse rastejar no chão da comunicabilidade.Eu não sou de falar muito.De fato,falo mais comigo e amigos mais intímos:acho que o homem emana sua própria decadência ao escrever ou falar qualquer coisa que pensa - seu pensamento torna-se domínio público.E,trabalhando tanto tempo no serviço público,acredito de todo que o espaço público torna as pessoas mais propensas à arbitrariedade do chamado "status quo".Pro inferno com o "status quo"!
Bom,pensei gentilmente cá com meus botões: "que bobagem!isso não passa de bobagem!".
O que as pessoas te questionam sobre seus próprios pensamentos não passa de besteira!No mais,elas querem mais te afrontar com algum tipo de questionamento só para verem se você pensa como elas.Pensamento egoísta...Ahh se pensamentos matassem!
Disse que não havia vivido o suficiente.Ele compreendeu,ou tentou,sei lá!Da minha parte,sei que somente com uma vida cheia de afrontas,como era aquela pergunta,é que eu podia produzir algo de significativo.Não se fazem bons livros em um dia.Têm-se a ideia,só que quando elas nascem não são boas o suficiente.É preciso amdurecê-las.Degladiá-las umas com as outras.Não sou daqueles que acredita em gênios sem cicatrizes.
Acho que isso foi o suficiente para que ele fosse embora.Acho que isso foi suficiente para me retirar dos meus pensamentos.
Sem mais delongas,
Alcibiades Nihil
e-mail para contatos: alcibiades.nihil@gmail.com
NESTE SÁBADO!
Há uma semana
Vivo fazendo esse tipo de questionamento e juro que não é para afrontar!
ResponderExcluirÉ se bem que já ganhei pessimas respostas suas...ja te afrontei? rs
super beijo